Em uma história há sempre dois lados - às vezes mais. De acordo com o Relatório de Mídia do Instituto Reuters, 74% dos brasileiros desejam conhecer os fatos sobre diversos ângulos para tomar uma decisão sobre um determinado assunto. Além do Brasil, Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido foram os países estudados.
Parece redundante desejar que o jornalismo seja imparcial, já que uma das bases da profissão é a busca por uma visão mais ampla, composta por personagens que têm ideias que se confrontam. Mas o levantamento feito pelo Instituto evidencia o desejo do público de ter liberdade de decisão. E que o papel da mídia deve ser o de fornecer informações que lhe dê subsídio para isso, e não o de defender o melhor ponto de vista.
O levantamento também mostra que as pessoas desejam que o tempo de exposição de opiniões divergentes na mídia seja o mesmo, ainda que um dos lados tenha o argumento mais fraco. No entanto, o público também reconhece que há questões mais sensíveis e que merecem uma abordagem diferente. Um dos exemplos mencionados por alguns entrevistados foi o apoio à vacinação durante a pandemia.
Imparcialidade x neutralidade
Uma das questões que mais dividiu o público foi em relação à neutralidade dos veículos de mídia. Prevalece a posição de que os meios de comunicação deveriam tentar ser neutros. Mas, uma minoria signigitiva acredita que isso não faz sentido.
Nesse cenário, o público também deseja que notícia e opinião devem ser separados, já que com frequência eles se misturam no material jornalístico.
A construção da notícia é um desafio diário dos profissionais de comunicação, que têm a consciência de que seu trabalho é um serviço prestado à população. Sobre esse desafio, conversamos com a Jornalista Mayara Bastos, em entrevista no podcast Vida de Repórter.
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