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Foto do escritorEquipe Comradio

Como tornar a mídia mais inclusiva para pessoas cegas?


Grupo de jornalistas do Coletivo Brasil de Comunicação Social
Jornalistas discutem acessibilidade na Comunicação

O Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social discutiu a comunicação inclusiva pela primeira vez, desde que foi criado. O Jornalista e CEO da Comradio do Brasil, Iraildon Mota, participou do encontro realizado em São Paulo, que teve como objetivo traçar estratégias de atuação para garantia de direitos relacionados à Comunicação.


O Intervozes acompanha e age em várias áreas para garantir a Comunicação como Direito Humano, como a radiodifusão e a proteção no uso de dados na internet, por exemplo. Além disso, propõe e mobiliza para votação ou retirada da pauta no Congresso Nacional projetos que sejam ruins para a sociedade.


Em 2022, entrou também na pauta de trabalho do coletivo a Acessibilidade Comunicacional. "O desafio é ampliar nacionalmente ações para garantir o Direito à Comunicação Inclusiva. Para citar como exemplo, no Brasil existem mais de 8 milhões de pessoas com deficiência visual que seria beneficiadas por essas ações", explica Iraildon Mota.


As estratégias de trabalho envolvem a mobilização de outras instituições que também atuam na garantia de direitos, para que sejam articuladas e desenvolvidas soluções para inclusão e acessibilidade na Comunicação. Como resultado, as pessoas com deficiência visual passarão a ter mais participação e poder decisório na sociedade.


Audiodescrição para tornar o conteúdo de mídia mais acessível

Dentre as medidas necessárias para tornar a Comunicação mais acessível é a presença da audiodescrição em materiais audiovisuais. A audiodescrição, como o próprio nome diz, traduz em palavras as cenas para que pessoas com deficiência visual tenham mais informações sobre que está sendo transmitido.


A Lei 10.080, conhecida como a Lei da Audiodescrição, estabelece que as TVs brasileiras devem adotar medidas para acessibilidade de seu conteúdo. A Norma Complementar 01/2006 do Ministério das Comunicações definiu os prazos e horas de produção de programas com audiodescrição, devendo estar disponível em, pelo menos, 8 horas por semana até julho de 2017 e 20 horas semanais até julho de 2020.


Em parceria com o Projeto Mulheres de Visão, a Comradio do Brasil atua na produção de materiais com audiodescrição. Juntos agora com o Intervozes, somam força de mobilização em favor da acessibilidade para tornar a Comunicação mais inclusiva.


Além do vídeos acessíveis, foi publicada a REVISTA VISÃO, primeiro revista acessível do Piauí com conteúdo 100% acessível. Confira o conteúdo das duas primeiras edições.

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