Quando as pessoas falam sobre o futuro, falam sobre dados. Afinal, eles já são o foco na publicidade, nas mídias sociais, na internet das coisas, na segurança virtual e até nas relações dos clientes com as empresas.
Quanto mais conectadas e convenientes as coisas se tornam, mais tudo parece rastreado, registrado, categorizado e analisado. Chame isso de assustador se você quiser, mas um comunicador do futuro considera isso inevitável.
A integração progressiva da mídia online com a mídia social tem potencial para causar enormes mudanças no campo de mensuração das comunicações.
Editores e jornalistas já medem o interesse de seus artigos monitorando os likes, os comentários e compartilhamentos e amplificando suas histórias pelo Facebook para gerar ainda mais interação e engajamento.
Martin Bidegaray, diretor da área de Insights&Analysis na JeffreyGroup
Assim, não será um salto muito grande para que passemos a ver como as métricas de performance, tais como compartilhamentos, likes e comentários positivos, podem influenciar a receptividade às histórias que são contadas na mídia.
Como incorporar análises de dados ao jornalismo
Alex Howard define em um artigo do Tow Center o que ele entende por jornalismo de dados: “reunir, limpar, organizar, analisar, visualizar e publicar dados para apoiar a criação de atos de jornalismo”.
Há consenso de que o jornalismo de dados inclui três categorias:
1. Obtenção: extração de um site, download de uma planilha, solicitação de informações públicas ou outras.
2. Análise: procure pistas, histórias ou padrões estudando os dados.
3. Apresentação: publique os dados de forma atraente e informativa. Pode ser em infográficos, formatos da web, aplicativos de notícias ou outros.
Como iniciar o jornalismo de dados?
As habilidades que os jornalistas devem ter para começar no jornalismo de dados são duas: pensamento crítico e um nível básico de familiaridade com planilhas.
Jornalistas devem saber como “entrevistar” os dados, fazer as perguntas certas.
Cheryl Phillips, da Universidade de Stanford
A familiaridade com a planilha refere-se à capacidade de criar e aplicar determinadas funções, como classificação (reorganizando as linhas para ver, por exemplo, o salário mais alto em uma lista de remuneração), filtragem (mostrando apenas os dados que nos interessam, por exemplo, doadores para campanhas políticas em apenas um Estado) e algumas operações matemáticas básicas (por exemplo, soma ou divisão).
Essas funções podem ser executadas no Excel ou no Google Sheets. Em seguida, conforme necessário, é possível avançar em ferramentas mais sofisticadas, como SQL e bancos de dados relacionais, por exemplo.
Os dados não fazem nada sozinhos
A análise de dados é uma das fontes de informação, ao mesmo tempo que é suporte para histórias que serão publicadas. Mas é preciso cuidado ao administrar os dados;
Não se apresse em tirar conclusões.
Investigue seus dados antes de analisá-los.
Explique os dados claramente para o seu público.
Não republicar conclusões que outros tenham extraído dos dados.
Faça uma apuração em campo.
Com informações de: Negócios da Comunicação e Escola de Dados
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